No gameplay solo de hoje jogarei a Versão Trágica de Tragoedia. Deste modo, narrarei o fim trágico de um Herói Imortal da Élada.
Embora não seja necessário, eu fiz uma ficha para o meu Herói usando as regras do Manual Básico. Eu decidi que ele seria um Guerreiro, e rolei o restante de suas características aleatoriamente, bem como os feitos que o levaram a se tornar cada vez mais poderoso, inclusive aquele que o tornou Imortal.
Tarkísion, Rei de Kidonai
Tarkísion nasceu em Kidonai, na costa nordeste da Élada, no ano 638 da Era Heroica. Aos dezoito anos, ele passou a seguir o Bárbaro Orteus de Espartai até, dois anos depois, tornar-se ele próprio um Guerreiro devoto de Túndra, o Trovão. Ele viajou por toda a Élada, acompanhado de um artista e um filósofo, combatendo todo tipo de inimigo, embora tenha uma predileção por matar estrangeiros Khun, pois estes frequentemente tentam invadir Kidonai. Alguns de seus feitos incluem vencer uma pequena competição de esportes e combate em Arenai, derrotar em combate um Herói rival que o desafiou, matar uma Mantíkoras velha e poderosa que assombrava uma pequena cidade, ser o Capitão de uma tropa de infantaria em uma batalha contra os Khun em Kidonai, ocasião na qual ele conseguiu sua espada longa Khun, e apoderar-se do Dardo de Túndra, em uma ruína dos filhos do Trovão; por fim, o feito que o tornou Imortal foi tornar-se um General de Kidonai e vencer uma segunda guerra contra os Khun, no ano de 668. Com isso, ele conseguiu também se tornar o rei da cidade, por aclamação popular, além de permitir que a cidade pudesse passar a se defender sozinha, sem depender de ajuda de Espartai. Hoje, dois anos depois, ele tem uma esposa, Ankária, e um filho ainda bebê, Akístenes. Sob o comando ele há quatro generais – Inkarus, Tesenon, Dímaton e Urfanus –, cada um com 4 tropas de 50 homens cada (200 cada um, 800 no total), e ele próprio também controla 4 tropas de 50 homens cada. As tropas que ele e os capitães controlam são: 50 homens de infantaria de elite, 50 homens de infantaria, 50 homens de cavalaria, e 50 homens de arquearia. A cidade conta também 10 trirremes de guerra (capazes de carregar todo o exército).
Estes são os valores das virtudes de Tarkísion, usando as regras da Versão Trágica:
Competição 3, Coragem 3, Simplicidade 2, Humildade 2, Justiça 1, Obstinação 2, Sinceridade 2.
A Tragédia de Tarkísion
Tarde do dia 27 do mês Ventoso da estação Fria do ano 670. Tarkísion está sentado em seu trono, com sua esposa, a rainha Ankária, ao seu lado. De repente, dois guardas adentram a sala do trono, anunciando a chegada de um mensageiro. De onde vem o mensageiro: Ítakai, Lauriai ou Espartai? Aleatoriamente decido que ele vem de Ítakai.
O rei ordena que o mensageiro entre. O mensageiro anuncia que traz uma mensagem do rei Odisseus: a ilha está sendo atacada por um grande frota de navios dos estrangeiros Khun, e ele precisa de ajuda. Decido que Tarkísion tem uma ligação desconhecida com Odisseus e, aleatoriamente, determino que se trata de uma ligação de fraternidade: Odisseus é seu irmão, mas ele não sabe disso!
O rei demorará para tomar uma decisão sobre ajudar ou não Ítakai, ou vai responder sem pensar muito? A segunda opção é mais provável dada a sua personalidade, então ela será o caso com um resultado 3-6. Rolo e, de fato, o rei dará uma resposta rapidamente.
A ajuda a uma cidade próxima em necessidade, atacada por um inimigo comum a todos os eladanos, poderia ser ditada pela virtude da Justiça, mas a Justiça de Tarkísion é de valor 1, portanto irei colocar outra virtude à prova. Penso que a virtude da Competição poderia ser colocada à prova nesse contexto, pois ela o levaria a querer mostrar que é mais forte que Odisseus e que apenas com sua ajuda os Khun seria derrotados. Coloco Competição à prova e falho! Tarkísion pensa que sua ajuda poderia mostrar sua força e consolidar seu poder no norte da Élada, mas, como sua decisão acaba sendo governada pela Inveja, ele chega à seguinte conclusão, que ele expressa em palavras:
Quer dizer então que o grande navegador Odisseus, que sempre governou magnanimamente sua ilha sem nunca precisar de qualquer ajuda, e que nunca enviou qualquer ajuda a Kidonai, agora precisa dos nossos favores? Por acaso a mesma mensagem foi enviada à grande Espartai, mas uma vez ignorada, Odisseus se lembrou dos seus conterrâneos menos poderosos? Ora, ele que expulse os Khun sozinho, como eu o fiz quando foi preciso!
Valores das virtudes atualizados:
Competição 2, Coragem 3, Simplicidade 2, Humildade 2, Justiça 1, Obstinação 2, Sinceridade 2.
Ele então ordena que o mensageiro retorne com essa resposta. O mensageiro vai insistir no apelo antes de partir? Como a situação é grave, acho isso provável, tendo uma chance de 1 a 4. Rolo e obtenho uma resposta afirmativa. O mensageiro então suplica que o rei reconsidere, pois ele teria visto a frota estrangeira com seus próprios olhos e ela seria numerosa e bem armada.
Tarkísion já tomou sua decisão, mas como ele agirá em relação ao mensageiro? Rolarei um dado de intensidade, sendo 1 uma reação caridosa, e 6 uma reação violenta. Com um resultado 3, determino que a reação dele não é de raiva, mas de desdém, e ele diz que o mensageiro não é ninguém para fazer súplicas ao rei de Kidonai. Ele então ordena que os guardas o escoltem até a saída.
Decido rolar Simplicidade para determinar se o jantar será uma refeição simples ou um grande banquete. Com uma falha, trata-se de um simpósio opulento, dominado pelo vício do Hedonismo.
Valores das virtudes atualizados:
Competição 2, Coragem 3, Simplicidade 1, Humildade 2, Justiça 1, Obstinação 2, Sinceridade 2.
A rainha Ankária espera até depois do jantar para sugerir sutilmente ao rei que reconsidere ajudar Ítakai, tentando apelar para sua Coragem e Obstinação, pois se os Khun vencerem e tomarem a ilha, eles posteriormente virão até Kidonai, e o rei então não terá feito tudo o que podia para evitar que isso ocorra. Decido colocar Obstinação à prova, e falho! O rei, dominado pelo vício da Esperança, diz que quando os Khun chegarem aos seus muros ele e seus homens estarão prontos para derrotá-los, e que será uma vitória fácil, pois ele já matou muitos Khun antes.
Valores das virtudes atualizados:
Competição 2, Coragem 3, Simplicidade 1, Humildade 2, Justiça 1, Obstinação 1, Sinceridade 2.
Manhã do dia 28 do mês Ventoso da estação Fria do ano 670. Tarkísion é visitado em seu palácio pelos quatro generais de Kidonai, Inkarus, Tesenon, Dímaton e Urfanus. Eles dizem que souberam sobre o ataque à Ítakai e sobre sua decisão de não mandar tropas até a ilha, e querem saber sobre suas razões.
Decido colocar a Humildade do rei à prova, e tenho um sucesso. Isso quer dizer que eleentende ser necessário explicar seus motivos aos generais. Ele o faz, e rolarei para determinar quais deles concordam com Tarkísion. Os dados determinam que Inkarus, Tesenon e Urfanus concordam com o rei, mas Dímaton não. Ele é o único que fica em silêncio, enquanto os outros respondem que o rei tomou uma decisão acertada.
Acho muito provável que o rei peça que Dímaton fale, logo rolo e obtenho uma resposta afirmativa. Dímaton diz que discorda, pois contra os estrangeiros os eladanos devem sempre se unir, e que por isso Ítakai não deve ser deixada à própria sorte. Coloco Humildade à prova mais uma vez, e tenho um novo sucesso.
No fundo, o rei, que respeita muito seus generais, pensa que Dímaton está certo, mas ele será sincero consigo mesmo e com os generais acerca disso? Coloco Sinceridade à prova, mas obtenho uma falha. Governado pela Falsidade, o rei se recusa a admitir que Dímaton está certo. Ele diz então ao general que, se ele pensa assim, ele pode ir até Ítakai, e levar seus homens com ele. O general responde que, se o rei e o senado o autorizarem, ele de fato pretende partir em ajuda à Odisseus.
Valores das virtudes atualizados:
Competição 2, Coragem 3, Simplicidade 1, Humildade 1, Justiça 1, Obstinação 1, Sinceridade 1.
Coloco Humildade à prova uma última vez, para determinar a reação do rei. Porém, desta vez eu falho. Dominado pelo Orgulho, o rei diz que o general pode partir, mas que ele terá que ir até Ítakai a pé, pois não poderá levar nenhuma trirreme, biga nem mesmo nenhuma montaria, e que, uma vez tendo deixado os muros da cidade, ele e seus homens nunca mais poderão retornar. Os demais generais ficam surpresos, mas permanecem silentes. Dímaton então se levanta e, antes de sair, deseja sorte ao rei.
Valores das virtudes atualizados:
Competição 2, Coragem 3, Simplicidade 1, Humildade 1, Justiça 1, Obstinação 1, Sinceridade 1.
Tarkísion dispensa os demais generais. Sozinho, ele repensa suas decisões, mas, devido às falhas anteriores nas provas de Sinceridade e Humildade, ele é incapaz de admitir para si mesmo que errou e que foi duro demais com Dímaton.
À tarde, o rei recebe a mensagem de que o senado requisita sua presença. Ele vai então até a ágora e se senta para participar da assembleia. São doze os senadores de Kidonai. Estão presentes também os generais, além do sacerdote de Sún, o Sol (um curandeiro) e da sacerdotisa de Món, a Lua (uma oráculo).
O chefe do senado anuncia que convocou esta assembleia porque soube do ataque a Ítakai e das decisões do rei. Ele é respeitoso em sua fala, mas lembra que Kidonai não é uma tirania, e que o rei deveria ter consultado os senadores antes de tomar decisões tão importantes. Ele pede então que o rei apresente seus motivos tanto para deixar Odisseus e o povo de Ítakai à própria sorte, quanto para expulsar Dímaton caso ele decida ir à sua ajuda.
O rei se explica e apresenta seus argumentos. Quando o rei termina de falar, outro senador se levanta e diz que ambas as decisões do rei foram muito infelizes, e que ele defende que Dímaton receba autorização para enviar um quinto das tropas da cidade para Ítakai, que ele possa ir pelo mar ou poderá chegar tarde demais, e também que sua expulsão da cidade seja revogada.
O chefe do senado pergunta se mais alguém quer se pronunciar antes da votação, e a sacerdotisa de Món se apresenta. Ela diz que teve um vislumbre do destino enviado pela deusa, no qual o rei causava a morte dos seus próprios irmãos.
O rei se levanta, enfurecido. Coloco Coragem à prova, pois seu maior medo é fracassar como rei e ser responsável pela morte de cidadãos de Kidonai. Falho, e sua reação é governada pela Covardia. Ele diz que o senado não deve ouvir a embriagada sacerdotisa da enganadora Món, conhecida por instilar medo no coração dos homens com profecias falsas.
Valores das virtudes atualizados:
Competição 2, Coragem 2, Simplicidade 1, Humildade 1, Justiça 1, Obstinação 1, Sinceridade 1.
O sacerdote de Sún se levanta e pede ao rei que tome cuidado com suas palavras, pois um rei que desonra os deuses convida o infortúnio para todos os seus súditos. O rei se senta e a votação é convocada. Rolarei 1d12 para determinar quantos senadores votam a favor do rei. Obtenho um 1! Os outros 11 senadores votam por revogar todas as decisões do rei e por autorizar a partida de Dímaton.
O rei se levanta, ainda mais furioso, e deixa a ágora, a caminho do seu palácio. Lá, ele se recolhe, sozinho. O que ele decidirá fazer a seguir? Acho que a escolha nesse caso fica entre ser virtuoso e aceitar as decisões do senado, e talvez até admitir seus erros, ou ser vicioso e se tornar um tirano. No fundo ele sabe que os senadores estão certos, mas não quer parecer pouco sábio perante seus súditos. A virtude a ser colocada à prova é então a da Competição: falha!
Tarkísion manda chamar os generais leais a ele. Ele ordena que eles prendam os senadores e Dímaton, além de qualquer um que se mostre leal ao general. Inkarus, Tesenon e Urfanus concordarão com essa ação? Como eles concordaram com o rei antes, determino que eles discordarão penas com um 5 ou 6 no dado. Rolo e apenas Tesenon concorda! Inkarus e Urfanus expressam sua perplexidade e dizem que não podem levar a cabo tais ordens, enquanto Tesenon apenas olha para o rei em silêncio.
Valores das virtudes atualizados:
Competição 1, Coragem 2, Simplicidade 1, Humildade 1, Justiça 1, Obstinação 1, Sinceridade 1.
Os generais querem ser mais nobres do que o próprio rei, portanto colocarei a virtude da Competição à prova mais uma vez, desta vez tendo um sucesso. Tarkísion então dá o braço a torcer e se lamenta, dizendo que teme não poder mais ser um bom rei para Kidonai. Os generais Inkarus e Urfanus dizem que o rei pode ser bom para a cidade, mesmo porque ele já fez muito para provar ser um rei digno, mas precisa apenas se lembrar de que um rei eladano não governa sozinho. Os três então saem.
Tesenon fará algo? Ele certamente tem tendências tirânicas, pois foi o único disposto a acatar as últimas ordens do rei, mas será que ele adora muito o rei, ou tem inveja da sua posição? Será que ele quer que o rei aja como o rei quer agir, ou como ele, Tesenon, agiria em seu lugar? Rolo e obtenho a primeira opção: Tesenon coloca sua lealdade a Tarkísion antes dos ideais da Élada.
Assim, depois de ter com o rei, Tesenon pensa que só ele ainda é leal e que o rei está certo em suas decisões, e então decide sozinho dar cabos das ordens do rei. Ele reúne seus homens, e ordena que eles prendam todos os membros do senado, durante a madrugada, bem como os generais Dímaton, Inkarus e Urfanus, afirmando serem ordens do rei. Os generais reagem às tentativas de prisão? Rolo e determino que Dímaton e Inkarus reagem. Eles só não conseguirão matar seus captores com um 6 no dado: rolo e de fato ambos matam os soldados que lhes deram voz de prisão. Apenas Urfanus vai preso sem reagir.
Dímaton decide então partir para Ítakai ainda no meio da madrugada, e Inkarus decide que pode não ser seguro para ele e seus homens ficar na cidade, então os reúne e se junta a Dímaton. Tesenon vai até a prisão, onde fica sabendo que apenas Urfanus e os senadores estão presos. Ele então vai até o rei e mente, dizendo que soube que os senadores e os outros generais tramavam um golpe contra ele, e que então mandou prendê-los, mas que os homens que ele mandou para prender Dímaton e Inkarus não retornaram.
O rei acredita em Tesenon? Acho isso muito provável, mas mesmo que ele não acredite, ele vai querer ver a verdade com seus próprios olhos. Rolo e ele de fato acredita no general. Ele manda chamar seus homens, e então todos vão até o porto, onde Dímaton (e talvez também Inkarus) estejam tentando partir em trirremes.
Manhã do dia 1º do mês Gelado da estação Fria do ano 670. Tarkísion e Tesenon e os homens a serviço de ambos chegam ao porto de Kidonai. Lá, encontram Dímaton, Inkarus e seus homens preparando as trirremes para partir. O rei se dirige aos dois generais, dizendo que Tesenon contou tudo sobre sua tentativa de golpe, e ordena que eles se entreguem. Dímaton toma a palavra, e diz que é tudo mentira. Tesenon incita o rei a atacá-los. Inkarus diz que o rei certamente não deseja uma guerra civil, que seria desastrosa para a cidade e poderia ser desastrosa para todo o norte.
Decido colocar a Coragem de Tarkísion à prova, lembrando que causar a morte dos seus cidadãos é o seu maior medo. Uma falha! O rei ordena aos seus homens que ataquem, mas a maioria deles não saca suas armas, pois não vê mais o rei como um líder justo. O mesmo acontece com Tesenon: nem todos os homens dele o obedecem. Assim, há muito mais homens dispostos a lutar do lado de Dímaton e Inkarus, de modo que o rei, dominado pela Covardia, não tem coragem de sacar as próprias armas. Depois de uma breve escaramuça e de alguns mortos e feridos, Tarkísion e Tesenon são obrigados a se render e Inkarus os declara presos.
Valores das virtudes atualizados:
Competição 1, Coragem 1, Simplicidade 1, Humildade 1, Justiça 1, Obstinação 1, Sinceridade 1.
Inkarus manda soltar os senadores e Urfanus e, depois de uma reunião com a presença também de Dímaton, eles decidem por unanimidade que o senado governará a cidade temporariamente, e que Dímaton partirá para Ítakai, levando consigo sob seu comando também os homens de Tesenon.
O rei está sozinho em uma cela na masmorra sob o palácio no qual ele próprio dormira a noite anterior. Ele recebeu uma visita da esposa, mas permaneceu calado. Ele praticamente não come e não dorme.
Manhã do dia 10 do mês Gelado da estação Fria do ano 670. O rei recebe em sua cela a visita da sacerdotisa de Món. Quando a vê, ele diz que ela estava certa, pois ele causou a morte de alguns de seus irmãos. Ela diz que pediu mais uma vez que a lua revelasse a verdade, para que ela pudesse aconselhar o rei e salvar sua cidade. Ela pergunta então se o rei conheceu o pai.
Tarkísion diz que não, que foi criado apenas pela mãe, pois o pai que nunca conheceu teria morrido em batalha. A sacerdotisa diz então que o rei é filho de Laercius, que também é pai de Odisseus, rei de Ítakai. O rei se recusa a acreditar e expulsa a sacerdotisa, mas antes que ela saia eles são interrompidos por um mensageiro, que carrega as armas do rei. Ele diz que traz noticias terríveis, e o rei se lamenta, mas a sacerdotisa pede que ele fale logo. O mensageiro anuncia então que Dímaton e Odisseus estão mortos e que Ítakai caiu para os Khun. O senado já sabe e decidiu que todos os homens de Kidonai, inclusive o rei, exceto pela guarda da cidade, devem ir até Ítakai para libertar a cidade.
O rei fica desolado ao saber que o irmão que ele não conhecia está morto, bem como o general mais leal a Kidonai. Coloco Coragem à prova: falha. Como a Coragem chegou a zero, o Herói é acometido pelo fim trágico. O rei pede ao mensageiro que lhe entregue sua espada Khun, e o mensageiro obedece. O rei diz então:
Certa vez ouvi que os Khun lutam até a morte pois aqueles que retornam derrotados têm que se suicidar com suas próprias lâminas. Eu lutei a minha vida toda até me tornar um rei Imortal da Élada, mas quando foi mais preciso, me acovardei, e causei a morte de meus súditos e irmãos, e por isso mereço o mesmo destino dos guerreiros Khun derrotados.
O rei então usa sua lâmina de ferro dos Khun para se suicidar.
Chega o momento do Coro fazer sua avaliação da vida e da morte de Tarkísion. Vou colocar à prova a Coragem e a Competição do rei, suas virtudes mais importantes (usando seus valores originais; não deixei isso claro nas regras, mas creio que não poderia ser feito de outro modo). Tenho um sucesso em Competição, mas uma falha em Coragem. Assim, “sua vida será lembrada e sua tragédia servirá de alerta para aqueles que buscam a Imortalidade”. Essa é então a avaliação do Coro:
Tarkísion, grande entre os guerreiros, fiel devoto do feroz Trovão,
Algoz de invasores estrangeiros, de Kidonai general campeão,
Aclamado como Rei Imortal, por sua própria força e proeza,
Se encheu de medo, no final, quando o Destino pediu nobreza.
Deixou irmãos à própria sorte, por orgulho almejou tirania
E pelo ferro encontrou a morte, enquanto Ítakai caía.